Essencialmente, o projeto abrange o aproveitamento da casca de coco verde, para produzir compostagem e fibras vegetais. A produção é conduzida por detentos selecionados e devidamente treinados, com capacidade para processar até 2 mil quilos de coco, tanto verde quanto seco, diariamente.

Esse projeto é importante por vários motivos: em primeiro lugar, o resíduo do coco representa um grande problema sanitário, pois, quando destinado aos aterros sob condições anaeróbicas, provoca a emissão de metano, um dos gases de efeito estufa mais importantes. Segundo especialistas, a casca só começa a ser adequada para compostagem após cerca de seis meses e leva até oito anos para se decompor completamente, o que pode causar contaminação do subsolo onde é descartado, reduzindo a vida útil desses depósitos. Além disso, esse resíduo gera um forte odor e se torna um foco de ratos, mosquitos e outros insetos.

Vale destacar também que a coleta e o descarte muitas vezes se tornam desafiadores devido ao fato do consumo ser disperso e o material ser pesado. Assim, a partir de uma ideia bastante simples, criativa e sustentável, encontrou-se uma maneira mais eficaz de dar um destino útil e lucrativo às cascas de coco, que antes eram consideradas resíduos de difícil degradação e simplesmente descartadas.